quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Saiba mais sobre o inventor do método Cyriax


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Trata-se de um método desenvolvido pelo ortopedista Dr. Cyriax, com o objetivo de aprimorar a prática clínica dentro da Ortopedia e Traumatologia que o mesmo julgava carente, baseando seu método em um exame físico e clínico detalhado que permitisse fornecer dados seguros para a realização de um diagnóstico preciso. O método é aplicado tanto para o esqueleto axial (coluna vertebral) quanto para o apendicular (articulações periféricas), analisando sinais e sintomas do aparelho locomotor e sistema nervoso, principalmente o periférico, podendo haver diferentes propostas de tratamento de acordo com o diagnóstico realizado.

Basicamente as lesões são classificadas em:

1. Lesão do tecido contrátil,
2. Lesão do tecido inerte e
3. Lesão do disco intervertebral.

Entre as propostas utilizadas pelo método no tratamento das doenças temos: infiltrações, massagem transversa profunda e mobilizações ou manipulações.
O Dr. Cyriax acreditava que 90% dos problemas da coluna vertebral tinham origem no disco intervertebral e na atualidade os seus seguidores estimam este índice em 75% e apoiados nesta premissa o tratamento para patologias da coluna vertebral consiste em mobilizar ou manipular o disco intervertebral diferenciando este método de outras técnicas de terapia manual, onde o objetivo das mobilizações ou manipulações são as articulações intervertebrais.

DOR

O padrão da dor vem acompanhada a resistência durante a amplitude de movimento passiva propicia valiosas informações e prognósticos. Cyriax descreveu três padrões que eventualmente podem ocorrer.

1. Dor antes da resistência - A dor ocorre antes que seja atingindo o extremo disponível de movimento. Esse padrão é sugestivo de uma lesão inflamatória aguda de origem extra articular ou articular.

2. Dor simultânea a resistência - Sugestiva de um processo inflamatório subagudo.

3. Resistência antes da dor - a dor não se evidencia no ponto de resistência; ao contrario, deve ser aplicada uma superpressão para que a dor seja explicitada; ou seja, uma força maior para a distensão passiva dos tecidos alem da amplitude fisiológica. Uma articulação sinovial normal pode tolerar a superpressão sem evidenciar a dor. Este padrão é indicativo de uma lesão branda ou crônica que pode tolerar um tratamento agressivo.

Uma completa avaliação de uma articulação requer que o padrão de dor e resistência seja correlacionado ao ponto em que se espera a ocorrência da resistência normal.

Tipo de Resistência: Sensação Terminal

O tipo de resistência, ou seja, a sensação terminal, sentido pelo examinador quando está passivamente alongado uma articulação e seus tecidos moles associados, propicia importância diagnostico e prognosticas. A sensação terminal é sentida no extremo da amplitude de movimento disponível à medida que o clinico impõe uma sobrepressão a articulação e aos tecidos. Existem sensações terminais fisiológicas e patológicas nas articulações periféricas e vertebrais.

Avaliação Diferencial das Lesões do Tecido Mole pelos Movimentos

Cyriax desenvolveu o seguinte esquema para a avaliação das lesões do tecido. Classificou os tecidos como inertes ou contráteis, explicando como reagiam aos três tipos de movimentos. Os Tecidos contráteis compõem a unidade miotendinosa e suas inserções, especificamente músculo, tendão, periósteo e bolsa. Esses tecidos podem provocar a dor quando durante o movimento ativo e resistido, e pelo alongamento imposto ao músculo durante o movimento passivo. Tecidos não-contráteis, também conhecidos como Tecidos inertes, são incapazes de uma contração, portanto não sendo inerentemente capazes de produzir sua própria carga interna; a carga precisa ser aplicada por uma força passiva externa ao tecido. Os tecidos inertes são as cápsulas articular, ligamentos, fáscia, bolsa, nervos (periféricos e radiculares), dura-máter, vasos sanguíneos, cartilagem articular e ossos.

Cyriax esclareceu que os seguintes resultados da aplicação seletiva da tensão aos dois tipos de tecidos para cada movimento.

1- Movimento ativo - Envolve a carga simultânea do tecido inerte e contrátil; e assim, um tipo especifica de tecido não pode ser incriminado como o local da lesão. Contudo, esse movimento realmente serve a um propósito útil. Ele pode identificar macroscopicamente.

a) O segmento do corpo onde a dor está se originando
b) A Capacidade e vontade do paciente em fazer o movimento
c) Onde, na amplitude do movimento, a dor ocorre.
d) O efeito do movimento sobre a intensidade da dor
e) O padrão de movimento, normal ou anormal.
f) A quantidade de movimento funcional disponível ao paciente, para a execução de AVD e tarefas ocupacionais.

2- Movimentos Passivos - Testa as estruturas inertes. O clinico controla qual estrutura está sob carga e, em seguida, aplica superpressão no extremo da amplitude de movimento disponível. O movimento passivo propicia, em linhas gerais, uma avaliação da extensão do tecido mole extra e periarticular.

3- Combinações de Movimentos Passivos e Ativos - Existem dois padrões específicos de movimentos passivos e ativos para a melhor identificação do tipo de tecido responsável pelos sintomas.

a) Movimentos ativos passivos estão restritos ou dolorosos na mesma direção. Esse padrão indica uma lesão capsular ou artogênica.

b) As ações ativas e passivas estão restritas ou são dolorosas em direções opostas. Esse padrão é indicativo de uma lesão tissular contrátil. O movimento resistido fica indicado para incriminar ainda mais o tecido.

4- Movimentos Resistidos - A aplicação manual da resistência ao movimento efetuado pelo paciente permite ao clinico avaliar a força e isolar o tecido contrátil como origem da dor.

A força é avaliada como um indicador geral da capacidade de contrátil do tecido contrátil torque. O clinico usa a informação com fins diagnósticos, e como um previsor da capacidade funcional.

A força é avaliada pela resistividade de uma contração isométrica efetuada a meio caminho entre as amplitudes de movimentos disponíveis. Esse ponto é escolhido para evitar simultaneamente a carga sobre tecido inerte, o que poderia resultar em dor e em prejuízo da capacidade do paciente na produção da resistência máxima. Um sistema de graduação é fornecido na tabela abaixo para o registro clinico da avaliação de força.

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