terça-feira, 13 de outubro de 2020

Como ocorre a regeneração com a técnica de Cyriax


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Uma vez estabelecidos certos critérios, ou seja, que a lesão é de um tipo apropriado, a técnica é aplicada com precisão e profundidade correta, com o movimento transverso, por tempo suficiente e número de tratamentos apropriados. Podemos dizer que a fricção transversa é uma técnica eficaz de tratamento para as lesões de tecido mole, merecendo consideração quando da decisão sobre um método de tratamento.

Os terapeutas devem ter conhecimento das estruturas envolvidas, não
só das suas posições, mas das direções de suas fibras e quando estas são
colocadas sob tensão. A aplicação das fricções transversas deve ser exata em
termos da posição do dedo do operador, da direção na qual este se move e da
tensão aplicada na estrutura.

As fricções transversas são instrumentos valiosos no tratamento de
lesões recentes. Elas têm sido usadas no tratamento de patologias crônicas
resultantes de traumas e artroses. A maioria destes tratamentos tem sido
direcionada às principais articulações periféricas e aos tecidos moles que as
circundam, onde as estruturas relativamente grandes são facilmente
identificadas e tratadas.

O tratamento das fricções transversas usado para os tecidos moles que
circundam e se relacionam com a coluna vertebral tem tido limitada atenção
por parte dos terapeutas. Entretanto, os princípios gerais são praticados, mas o tamanho relativamente pequeno das estruturas exige maior exatidão por parte
dos terapeutas.

Após uma lesão no tecido fibroso ou músculo, o reparo ocorrerá através
da formação de uma malha de fibrina, que é infiltrada por fibroblasto para a
formação de uma cicatriz. A cicatriz pode envolver estruturas adjacentes não
afetadas, alterando gravemente as suas mobilidades e funções. Esta cicatriz
pode ser a fonte de dor após a sua formação, como resultado de estímulo
nociceptivo local. A meta básica da aplicação das fricções transversas a esta
região do tecido cicatricial, é a de torná-la a menor possível (enquanto ainda
permite reparos) e permite a mobilidade normal livre de dor, evitando que a
cicatriz seja ligada a estruturas adjacentes, por aderências. Estas tendem se
formar entre a estrutura móvel e os tecidos adjacentes como resultado da
organização de excessiva exsudação inflamatória. As fricções transversas
mobilizam estes elementos.

O movimento mecânico dos tecidos é por si, um método eficaz de evitar
ou romper estas aderências e assim, reduzir a dor. O movimento deve ser
através das fibras, ajustando o tecido, pois as fricções transversas aplicadas
aos seus longos eixos, tenderão a mover a estrutura como um todo (seja ele
um ligamento, tendão ou músculo). Este movimento de manipulação passiva
mobiliza a estrutura relativa ao osso, bainha ou fáscia adjacente, liberando-a
para o movimento, após uma lesão a articulação fica, freqüentemente, muito
dolorida, reduzindo assim a mobilidade entre as estruturas. As fricções
transversas produzem passivamente alguns destes movimentos, inibindo a dor
e permitindo que um percurso ativo/passivo normal se desenvolva nas
articulações afetadas. O estresse crônico nos tecidos moles que circundam as
articulações afetadas por osteoartrose pode eventualmente causar
considerável dor. Nestes casos, como nos agudos, as fricções provam ser uma
forma de tratamento útil.

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